Ainda estamos em nossa redoma!

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A leitura da crônica Porta de Escola, de Affonso Romano de Sant’Anna sobre a observação de um grupo de alunos na porta de um colégio mostra que sim, alguns têm mais experiência de vida, mais malandragem, outros são mais sensíveis, alguns tímidos, mas, apesar de todos serem tão parecidos e ao mesmo tempo tão diferentes, todos ainda vivem em uma redoma.

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Sabemos o quanto vivemos em um mundo em que somos protegidos por nossa família, que tenta nos defender e preservar de qualquer perigo que o mundo ofereça. Ao mesmo tempo, em um futuro muito breve teremos que crescer e ter um projeto concreto daquilo que desejamos para nós. 

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Desde pequenos estudamos em uma escola onde convivemos com amigos, pouca responsabilidade e somos acostumados a termos tempo livre para fazer qualquer coisa. Difícil, de um ano para o outro, mudar nossas atitudes e adquirir tanta maturidade, traçar planos futuros e quem sabe até para o resto da vida. Vamos nos tornando adolescentes aos poucos, a cada dia, a cada ano, ou seja, é um crescimento lento e gradual. Quando viramos adolescentes, as pessoas esperam que nos tornemos mais maduros, responsáveis e independentes de uma hora para a outra, porém isso é quase impossível. Enquanto estamos em uma escola, brincamos e estudamos sabendo que existem direitos e deveres, mas a nossa satisfação de crescer aos poucos nos permite adiar cada vez mais nosso futuro.

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Esta é a melhor, senão uma das melhores épocas de nossas vidas. Podemos brincar, estudar e fazer projetos futuros, sonhar como seguiremos nossas vidas e até imaginar como todos nós, eu e minha turma estaremos após a adolescência. E como em todos os sonhos, tudo é perfeito, não existem lobos ferozes nem obstáculos. No momento, ainda estamos em nossa redoma. E felizes por isso!

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 - Maria Roberta Dias

 13 anos, aluna da turma 8B